O que é coerência textual? Entenda a sua importância na construção da redação do ENEM

Na elaboração de uma redação, especialmente em avaliações como o ENEM, a coerência textual é um dos critérios mais fundamentais para alcançar um bom desempenho.

O uso correto deste recurso é que vai tornar possível um bom entendimento do texto, garantindo que a coerência e coesão entre as frases estejam presentes de maneira lógica e clara. 

A seguir, vamos explorar o conceito de coerência, sua importância na construção de uma redação, os diferentes tipos de coerência textual e dicas práticas para você escrever de maneira compreensível. Boa leitura!

O que é coerência textual?

Coerência textual é o recurso que possibilita que as ideias do texto sejam apresentadas de maneira lógica e interligada, permitindo ao leitor compreender a mensagem de forma clara e linear. 

Em outras palavras, é a propriedade que faz com que as partes de um texto se encaixem, dando sentido àquilo que está sendo comunicado.

Quando um texto é coerente, ele transmite uma ideia principal de maneira eficaz, evitando contradições e garantindo que cada parágrafo contribua para o entendimento do todo.

A coerência é fundamental para que o leitor, ao seguir a linha de raciocínio do autor, consiga captar a mensagem completa sem dificuldades. 

Em uma redação do ENEM, por exemplo, a falta de coerência pode prejudicar severamente a avaliação do texto, uma vez que a banca examinadora valoriza a clareza na expressão das ideias.

Qual sua importância na construção de uma redação?

Na construção de uma redação, a coerência textual é essencial pois assegura que o leitor, no caso do ENEM, o corretor, entenda o seu ponto de vista de forma clara e direta. 

Um texto coerente permite que as ideias sejam desenvolvidas e articuladas de modo que cada uma delas complemente a anterior e prepare o terreno para a seguinte, formando um todo coeso.

Na redação do ENEM, onde os critérios de avaliação incluem a organização e o desenvolvimento das ideias, a coerência atua como uma espécie de “fio condutor” que guia o leitor através do texto. 

Um texto incoerente, por outro lado, pode confundir o leitor, fazendo com que ele perca o fio da argumentação ou, pior, interprete de forma equivocada o que foi escrito.

Além disso, a coerência textual está diretamente relacionada à capacidade de argumentação do candidato, pois um texto coerente é aquele que consegue articular as ideias de forma lógica e persuasiva, sem deixar lacunas no raciocínio. 

Garantir a coerência na redação é um passo fundamental para obter uma boa nota e demonstrar domínio sobre o tema proposto.

Qual a diferença entre coerência e coesão?

Embora sejam conceitos frequentemente associados, coerência e coesão não são a mesma coisa. 

Coerência refere-se à lógica e à conexão das ideias ao longo do texto, enquanto a coesão diz respeito aos mecanismos linguísticos que ligam as partes do texto, como o uso de conectivos, pronomes e conjunções.

No geral, enquanto a coerência está mais relacionada ao conteúdo e ao sentido geral do texto, a coesão foca na estruturação e nos elementos gramaticais que ajudam a formar essa unidade de sentido. 

Um texto pode ser coeso, ou seja, bem amarrado em termos gramaticais, mas não necessariamente coerente se as ideias apresentadas não se encaixarem de forma lógica. 

Para atingir a excelência na redação do ENEM, é essencial dominar ambos os aspectos.

Quais os tipos de coerência textual e suas características?

Coerência sintática

A coerência sintática refere-se à correção na estrutura das frases, garantindo que elas sejam gramaticalmente adequadas e que a relação entre os termos seja clara. 

Isso envolve o uso correto de tempos verbais, concordância e a ordem dos elementos dentro da frase, de modo que o leitor compreenda facilmente a construção das ideias.

Coerência semântica

A coerência semântica está ligada ao significado das palavras e à relação entre os conceitos apresentados. 

É fundamental que as palavras e expressões utilizadas façam sentido dentro do contexto e que o significado das frases seja claro. 

Erros de coerência semântica ocorrem quando há ambiguidades ou contradições no uso dos termos, o que pode confundir o leitor.

Coerência temática

A coerência temática refere-se à manutenção do foco no tema ao longo de todo o texto. 

Em uma redação do ENEM, é essencial que todas as partes do texto estejam relacionadas ao tema central, evitando desvios que possam prejudicar a unidade do texto. 

Cada argumento e exemplo deve reforçar o tópico discutido, sem introduzir informações irrelevantes.

Coerência pragmática

A coerência pragmática considera o contexto de comunicação e a adequação do texto ao seu propósito e ao público-alvo. 

No caso do ENEM, isso significa adaptar o texto às expectativas da banca examinadora, utilizando um tom formal e um estilo de escrita que seja apropriado para uma prova de redação. 

A coerência pragmática também envolve o uso de argumentos que façam sentido dentro do contexto sociocultural do tema.

Coerência estilística

A coerência estilística diz respeito à uniformidade do estilo de escrita ao longo do texto. Isso inclui o uso consistente de linguagem formal ou informal, escolha de vocabulário e manutenção de um tom homogêneo. 

Um texto que começa formal e depois adota um estilo coloquial, por exemplo, pode quebrar a coerência estilística e causar estranheza no leitor.

Coerência genérica

A coerência genérica está relacionada à obediência às características do gênero textual em questão. 

Em uma redação do ENEM, isso significa que o texto deve seguir as convenções do gênero dissertativo-argumentativo, como a apresentação clara de uma tese, o desenvolvimento de argumentos e uma conclusão que retome e reforce o ponto de vista apresentado.

9 dicas para escrever de maneira coerente na redação do ENEM

  • mantenha uma sequência cronológica: apresente as ideias em uma ordem temporal lógica para facilitar o entendimento do leitor;
  • obedeça a uma ordem descritiva: ao descrever situações ou objetos, siga uma ordem que faça sentido, como do geral para o específico;
  • utilize conectivos e conheça bem as conjunções: use conectivos adequados para ligar as frases e parágrafos, garantindo a fluidez do texto;
  • cuidado com as repetições: evite repetir palavras ou ideias, pois isso pode quebrar a coerência do texto;
  • não se contradiga: revise o texto para garantir que não haja contradições nas suas afirmações;
  • evite generalizações: seja específico em suas argumentações, evitando afirmações vagas ou amplas demais que possam enfraquecer seu argumento;
  • nunca interfira na realidade: baseie seus argumentos em fatos e dados reais, evitando criar situações fictícias que não se sustentam;
  • faça um texto adequado ao seu gênero e tipo textual: respeite as características do gênero dissertativo-argumentativo, com uma tese clara, argumentos bem estruturados e uma conclusão forte;
  • revise o seu texto: após escrever, leia novamente para corrigir possíveis erros e garantir a coerência e coesão do texto.

A coerência textual é um elemento importante na construção de uma redação, especialmente em provas como o ENEM, onde a clareza e a organização das ideias são avaliadas rigorosamente. 

Compreender e aplicar os diferentes tipos de coerência pode fazer toda a diferença na nota final, pois garante que o texto seja compreensível e relevante. 

Além disso, dominar a relação entre coerência e coesão é fundamental para produzir uma redação coesa, clara e impactante. 

Se você quer continuar aprimorando suas habilidades, não deixe de conferir nosso conteúdo sobre Português no ENEM e prepare-se para alcançar o sucesso na prova.

Outras dúvidas sobre coerência textual que podem ajudar

O que é ortografia? Veja as principais regras e 9 dicas infalíveis para dominar o assunto no ENEM

A ortografia correta garante que as palavras sejam escritas de acordo com as normas da língua, permitindo que a mensagem seja clara e compreensível. 

No ENEM, seu uso adequado é essencial para alcançar uma boa nota, já que erros ortográficos podem prejudicar a coerência e a compreensão do texto na hora da redação.

A seguir, entenda de uma vez por todas o que é ortografia, as principais regras, a importância deste conhecimento em redações e dicas infalíveis para aprimorar sua escrita e evitar erros comuns. Boa leitura!

O que é ortografia?

Ortografia é o conjunto de regras que define a forma correta de escrever as palavras em uma língua. Ela estabelece como as letras e os sinais gráficos devem ser usados para que as palavras sejam grafadas de maneira adequada e compreensível.

Qual sua importância na redação do ENEM?

A ortografia é um dos critérios avaliados na correção da redação do ENEM. Embora o principal foco da prova seja avaliar a capacidade argumentativa do candidato, a correção gramatical, que inclui a ortografia, é fundamental para garantir a clareza e a coesão do texto. 

Um número elevado de erros ortográficos pode impactar negativamente a nota final, pois compromete a compreensão da mensagem e demonstra falta de domínio da norma culta da língua. Além disso, o uso correto da ortografia reflete a atenção aos detalhes e a preparação do candidato. 

Em uma prova competitiva como o ENEM, qualquer descuido, como erros de escrita, pode prejudicar a pontuação, principalmente pelo fato da redação ser uma das partes de maior peso na avaliação.

Quais as principais regras ortográficas?

A língua portuguesa tem várias regras ortográficas que garantem a uniformidade da escrita. Aqui estão algumas das principais regras que você deve conhecer e praticar:

  • uso do “s” e “ss”: palavras derivadas de verbos terminados em “ar, “er” e “ir” são escritas com “s”, como em “expulsão” (de expulsar) e “decisão” (de decidir);
  • uso do “x” e “ch”: palavras de origem indígena, africana ou árabe são comumente escritas com “x”, como em “xampu” e “xará”. Já palavras de origem latina, como “chorar” e “chave”, utilizam “ch”.;
  • uso do “g” e “j”: palavras derivadas de verbos terminados em “ger” ou “gir” mantêm o “g”, como em “protege” (de proteger) e “dirige” (de dirigir). Já palavras como “jogar” e seus derivados são sempre escritas com “j”.”;
  • uso do “z” e “s”: palavras que indicam nacionalidade, títulos ou origem e terminam em “ês” são escritas com “s”, como em “inglesa” e “portuguesa”. Já substantivos abstratos derivados de adjetivos são escritos com “z”, como em “beleza” (de belo) e “tristeza” (de triste);
  • acentuação: palavras paroxítonas com ditongos abertos não são mais acentuadas, como “ideia” e “assembleia”. Já os monossílabos tônicos são acentuados quando terminam em “a”, “e” ou “o”, seguidos ou não de “s”, como em “pé”, “pá” e “pó”.

Qual a diferença entre ortografia e gramática?

A ortografia é o conjunto de regras que orienta a forma correta de escrever as palavras, ou seja, a grafia correta. Já a gramática engloba um conjunto mais amplo de normas, que inclui a ortografia, mas também abrange as regras de sintaxe, morfologia e semântica. 

Enquanto a ortografia trata de como as palavras são escritas, a gramática regula como elas são organizadas e usadas dentro de uma frase para formar enunciados corretos e coerentes.

Quais os principais erros ortográficos cometidos?

Alguns erros ortográficos são mais comuns e podem comprometer a qualidade da escrita. Abaixo, estão alguns dos principais equívocos que devem ser evitados:

  • Trocar “e” por “i”: “mintira” em vez de “mentira”;
  • Usar “s” em vez de “ss”: “asunto” em vez de “assunto”;
  • Usar incorretamente as parônimas: “comprimento” (medida) em vez de “cumprimento” (saudação);
  • Usar incorretamente as homônimas: “sessão” (reunião) em vez de “cessão” (ato de ceder);
  • Trocar “g” por “j” ou vice-versa: “viajem” em vez de “viagem”;
  • Usar “z” em vez de “s”: “análize” em vez de “análise”;
  • Trocar “x” por “ch”: “chícara” em vez de “xícara”.

9 dicas que vão te ajudar a dominar a ortografia

Apesar de possuir muitas regras, é possível dominar as regras ortográficas para melhorar seu desempenho na prova do ENEM. Confira algumas dicas!

1. Estude a nova ortografia

O Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, que entrou em vigor no Brasil em 2016, trouxe algumas mudanças importantes na forma de escrever certas palavras. Isso inclui a eliminação de acentos diferenciais e a retirada do trema em algumas palavras.

Estudar as mudanças implementadas pelo acordo é fundamental para quem deseja escrever de maneira correta e atualizada. Consulte fontes confiáveis para entender quais regras ainda estão em vigor e quais foram modificadas.

2. Domine a norma culta

A norma culta da língua portuguesa é o padrão utilizado em textos formais e acadêmicos, como a redação do ENEM.  Dominar essa norma é importante para garantir que seu texto tenha clareza e correção gramatical.

Estude regras gramaticais, como o uso correto de pronomes, tempos verbais e concordância nominal e verbal.

3. Aprenda a usar a vírgula

O uso correto da vírgula pode mudar totalmente o sentido de uma frase, por isso é fundamental saber quando e como utilizá-la. A vírgula separa ideias e garante que a leitura do texto seja clara e fluida.

Pratique o uso da vírgula em frases simples e complexas, compreendendo como ela pode separar termos da mesma função, delimitar orações ou ser usada em enumerações. 

4. Não ignore acentos

Os acentos são essenciais para a pronúncia correta e o entendimento de muitas palavras. Ignorá-los pode alterar completamente o significado de uma palavra, causando confusão na leitura.

Estude as regras de acentuação, focando nas palavras que mais costumam gerar dúvidas, como as que têm ditongos abertos ou terminam em “ão”.

5. Não crie o hábito de abreviar

Abreviações são comuns em comunicações informais, como mensagens de texto, mas devem ser evitadas em textos formais. Abreviar palavras pode comprometer a clareza e a formalidade do seu texto.

Em redações e provas como o ENEM, é importante manter a linguagem culta e completa. Isso inclui escrever as palavras por extenso e evitar termos abreviados, como “vc” em vez de “você”.

6. Leia seu texto em voz alta

Ler em voz alta é uma excelente forma de identificar erros que podem passar despercebidos durante a escrita. Ao ouvir o que você escreveu, fica mais fácil notar problemas de fluidez e coerência textual.

Essa técnica também ajuda a perceber se há palavras repetidas, falta de pontuação ou erros ortográficos que precisam ser corrigidos. Além disso, a leitura em voz alta ajuda a avaliar o ritmo das frases.

7. Escreva um pouco todos os dias

A prática constante é uma das melhores formas de melhorar sua escrita e, consequentemente, sua ortografia. 

Escolha temas variados e escreva textos curtos. Isso ajudará a ampliar seu vocabulário e aumentar sua familiaridade com as regras ortográficas e gramaticais.

8. Leia diferentes tipos de texto

A leitura é uma excelente ferramenta para melhorar a ortografia. Ao ler diferentes tipos de texto, você entra em contato com uma grande variedade de vocabulário e estilos, o que contribui para o seu desenvolvimento.

Leia livros, artigos, jornais e até mesmo revistas. A diversidade de gêneros textuais oferece novas perspectivas e formas de uso da língua, além de reforçar as regras ortográficas que você já conhece.

9. Revise sempre

A revisão é uma etapa essencial para garantir que seu texto esteja livre de erros. Mesmo os escritores mais experientes cometem deslizes, e é durante a revisão que eles são corrigidos.

Leia seu texto com calma, prestando atenção aos detalhes, como acentos, pontuação e concordância. A revisão permite identificar erros de ortografia que podem comprometer a qualidade final do trabalho.

Entender o que é ortografia e dominar as principais regras ortográficas é fundamental para a escrita, possibilitando que você obtenha um bom desempenho tanto na redação do ENEM quanto em qualquer outra prova que exija boa comunicação.

Com as dicas apresentadas, você poderá aprimorar suas habilidades, escrever com mais confiança e aumentar ainda mais suas chances de adquirir uma boa pontuação no exame. 

E para melhorar ainda mais seu desempenho, é importante estar por dentro de todas as informações possíveis acerca da língua portuguesa. Confira nosso conteúdo sobre os principais temas de Português cobrados no ENEM e prepare-se para arrasar na prova!

Entenda as diferenças entre linguagem culta e coloquial e quando esses padrões podem ser utilizados

A comunicação desempenha um papel fundamental em nossas interações sociais, exercendo uma influência marcante em uma ampla variedade de aspectos de nossas vidas. 

A chave para promover conversas verdadeiramente produtivas reside na habilidade de encontrar o equilíbrio entre a linguagem formal e informal, adaptando-a ao contexto em que nos encontramos.

Estes temas frequentemente surgem em exames vestibulares, nos quais se espera que os estudantes demonstrem um conhecimento sólido sobre a aplicação prática da língua portuguesa.

Neste artigo, vamos aprofundar sobre o assunto da linguagem culta e coloquial. Aqui, você descobrirá as principais distinções, aplicações e diretrizes que permeiam essa faceta do estudo da linguagem. Acompanhe a leitura! 

O que é linguagem culta?

A linguagem culta se pauta pelos padrões estabelecidos em uma língua, aderindo fielmente às regras gramaticais e ao acordo ortográfico vigente.

Além disso, ela reforça a necessidade de evitar algumas expressões que, embora constem no dicionário, ainda mantêm semelhança com conversas informais entre amigos.

Isso inclui, por exemplo, o uso de estrangeirismos que já foram assimilados pela língua ou expressões clichês.

O que é linguagem coloquial?

A linguagem coloquial, por sua vez, oferece aos falantes uma maior margem de liberdade na construção de suas frases, com uma aceitação menos rígida das normas cultas. Nesse contexto, as gírias se fazem presentes e a comunicação flui de maneira mais espontânea e informal.

Essa é a linguagem que empregamos nas rodas de amigos, nos bares, nas salas de aula com os colegas. Ela abre espaço para o uso de gírias e o surgimento de variações linguísticas. 

Os coloquialismos, expressões intrínsecas à língua portuguesa falada, também são proeminentes, com exemplos como “tipo assim,” “se manca,” “tá ligado?” e “que tá pegando.” 

Além disso, é comum que as palavras se apresentem contraídas, como em “cê” em vez de “você,” “pra” ao invés de “para,” “pera” em vez de “espera,” e “tô” em substituição a “estou”.

Qual a diferença entre linguagem culta e coloquial?

Desde o início deste resumo, exploramos a distinção entre a linguagem culta e coloquial, mas um ponto crucial a ser destacado é que a língua é um componente extremamente dinâmico da comunicação.

Isso implica que ela está em constante evolução e se adapta ao contexto em que o falante se encontra. Por exemplo, em um encontro descontraído com amigos, é completamente aceitável usar expressões como “nós vai,” mas, essa construção não encontraria lugar em uma redação para o Enem, por exemplo.

Nesse contexto, a principal diferença entre esses dois tipos de linguagem é que a primeira adere estritamente às normas formais e regras gramaticais, enquanto a segunda se flexibiliza, seguindo variações que podem ser individuais, regionais e sociais.

Em uma entrevista de emprego não se recomenda utilizar termos como “mano,” “véio,” ou “vamo,” da mesma forma que soaria inapropriado dizer algo como “busque-me um copo d’água, por obséquio, caro amigo” durante uma reunião entre colegas.

Com base nas características distintas de cada estilo de linguagem mencionado, é possível discernir os ambientes sociais e acadêmicos nos quais aplicá-los com propriedade.

Afinal, é a confusão entre esses conceitos que pode conduzir a mal-entendidos e inadequações na comunicação verbal.

Utilizando linguagem culta e coloquial na prática

A capacidade de alternar entre a linguagem culta e coloquial é uma habilidade valiosa para qualquer pessoa. É como ter duas maneiras diferentes de se comunicar, cada uma útil em situações específicas e para diferentes pessoas.

Na linguagem formal, é importante usar palavras corretas e seguir as regras da língua. Isso é necessário ao escrever um trabalho escolar, um relatório ou falar em uma situação mais séria, como uma reunião de trabalho. 

Saber quando usar cada tipo de linguagem é crucial. Pense em situações diferentes, como uma reunião de trabalho formal e um encontro descontraído com amigos.

Linguagem culta 

Ao apresentar um projeto, é importante utilizar uma linguagem mais formal para transmitir profissionalismo. Dessa forma, é indicado utilizar frases como:

  • “Com a devida consideração pelos dados apresentados, proponho que avancemos com esta estratégia.”
  • “Para atender aos objetivos estabelecidos, é crucial que implementemos essas mudanças.”

Linguagem coloquial 

É natural empregar uma linguagem coloquial usando gírias e expressões familiares para criar conexões mais pessoais. Assim, é comum utilizar expressões do tipo:

  • “E aí, pessoal! Como vão às coisas? Estava com saudades de todos!”
  • “Nossa, vocês não vão acreditar na história engraçada que aconteceu comigo essa semana!”

A chave está em compreender o contexto e as pessoas com as quais você fala. Reconhecer quando usar linguagem formal para causar uma boa impressão ou linguagem informal para se conectar de verdade é essencial.

Como se preparar para o Enem?

Estudar para o Enem é um processo que envolve foco e a utilização dos métodos de estudos corretos para fixar a matéria e fazer um bom exame. Algumas das medidas que podem ser tomadas para otimizar os estudos são:

  • planejar uma rotina de estudos eficiente;
  • estudar em um lugar adequado, com boa iluminação e ventilação;
  • utilizar edições anteriores para estudar as questões;
  • participar de cursos preparatórios;
  • regular o sono para obter mais disposição;
  • praticar atividades físicas regulares e manter uma boa alimentação para obter mais disposição e concentração no dia a dia;

Em resumo, compreender o que é cobrado no Enem e se preparar adequadamente são passos essenciais para o sucesso no exame. Dominar aspectos como o uso da linguagem culta e coloquial, interpretação de textos, gramática, análise de linguagem e redação é fundamental.

Gostou do conteúdo? Então confira nosso artigo com temas recorrentes de Português no Enem e explore os assuntos mais relevantes para o exame. 

Lá, você encontrará informações detalhadas e dicas valiosas para se preparar ainda melhor. Não deixe de conferir!

Coesão textual: tipos e como pode ser utilizado no ENEM

A coesão textual é um elemento essencial para a construção de textos claros e bem estruturados. No contexto da redação do ENEM, saber aplicar a coesão textual é fundamental para garantir que as ideias apresentadas sejam compreendidas pelo corretor de forma lógica e articulada. 

Neste artigo, vamos explicar o que é coesão textual, sua importância, os diferentes tipos de coesão, e ainda oferecer dicas para aplicá-la corretamente em uma redação.

O que é coesão textual?

Coesão textual é o conjunto de estratégias linguísticas utilizadas para conectar as ideias dentro de um texto, criando uma sequência lógica e fluida entre frases e parágrafos.

A coesão pode ser alcançada por meio de recursos como conjunções, pronomes, elipses, entre outros, que evitam repetições e garantem a continuidade dos pensamentos, facilitando a compreensão do leitor.

Coesão não é apenas a capacidade de ligar frases; é também a habilidade de organizar as informações para que o texto tenha clareza e coerência, ajudando o leitor a acompanhar a linha de raciocínio do autor.

Qual sua importância na construção de uma redação?

Em um texto, especialmente na redação do ENEM, a coesão é essencial para garantir a fluidez e a clareza do texto. A habilidade de conectar ideias de forma eficaz permite que o leitor compreenda o ponto de vista do autor sem se perder ou se confundir. 

A coesão textual ajuda a estruturar argumentos de forma que cada frase complemente a anterior, criando um texto articulado e persuasivo. 

Dessa forma, um bom uso da coesão contribui significativamente para a organização do texto, um dos critérios de avaliação da redação do ENEM.

Diferenças entre coesão e coerência

Embora a coesão e a coerência estejam relacionadas, esses conceitos têm diferenças importantes. A coesão refere-se aos recursos linguísticos usados para conectar as ideias no texto. 

Já a coerência está ligada ao sentido geral do texto, ou seja, à lógica e à clareza das ideias transmitidas. 

Em resumo, a coesão é uma ferramenta para garantir que o texto seja claro e fluido, enquanto a coerência assegura que as ideias façam sentido de forma global.

Tipos de coesão e suas características

Para desenvolver um texto coeso, é importante conhecer os diferentes tipos de coesão, que desempenham papéis específicos na organização do texto.

Coesão referencial

A coesão referencial utiliza pronomes e outras palavras para evitar repetições, remetendo a termos já mencionados. Por exemplo, em vez de repetir um substantivo, pode-se usar um pronome para fazer referência ao mesmo. Isso facilita a leitura e evita a repetição excessiva de palavras.

Coesão sequencial

A coesão sequencial organiza o texto com a ajuda de conectores e marcadores de sequência, como “primeiramente”, “por fim” e “além disso”. Esses elementos ajudam o leitor a seguir a progressão lógica do texto e a identificar o início, o meio e o fim dos argumentos.

Coesão lexical

A coesão lexical envolve o uso de sinônimos e palavras relacionadas para evitar a repetição de termos e enriquecer o vocabulário do texto. Isso contribui para que o texto se mantenha dinâmico e agradável, sem parecer redundante.

Coesão por elipse

A coesão por elipse ocorre quando se omitem palavras que são facilmente identificadas pelo contexto, dispensando sua repetição. Por exemplo, em vez de dizer “Ela estudou para a prova e ele também estudou para a prova”, pode-se dizer “Ela estudou para a prova e ele também”.

Coesão por substituição

Na coesão por substituição, substitui-se um termo por outro, geralmente um sinônimo ou expressão que resume a ideia anterior. Isso ajuda a evitar a repetição exata do termo, tornando o texto mais leve e fluido.

13 dicas de como manter a coesão na redação do ENEM

Para garantir que o texto seja coeso, seguem algumas dicas práticas que podem ajudar a manter a conexão entre as ideias:

  • Pense antes de agir: organize suas ideias antes de escrever, o que facilita a coesão entre os parágrafos;
  • Cuidado com as locuções: utilize expressões como “em relação a” e “devido a” para introduzir novas ideias de forma natural;
  • Use transições simples: empregue conectores como “portanto” e “assim” para ligar as ideias;
  • Desenvolva frases de tópicos e temas: inicie os parágrafos com frases que indiquem o tema que será abordado, garantindo um fluxo lógico;
  • Declaração de tese clara: defina bem seu ponto de vista no início do texto para guiar os argumentos que seguirão;
  • Fluxo lógico: apresente as ideias de maneira ordenada, facilitando a compreensão do leitor;
  • Frases de tópico: comece cada parágrafo com uma frase clara e que resuma o tema do parágrafo.
  • Ponto de vista consistente: mantenha um ponto de vista claro e evite contradições no texto;
  • Repetição com propósito: quando necessário, repita termos-chave para reforçar uma ideia, sem exageros;
  • Estrutura paralela: use estruturas paralelas para criar um ritmo fluido e agradável, como em “a ideia é clara, o argumento é forte”.
  • Clareza do pronome: certifique-se de que os pronomes remetem claramente a um antecedente, evitando ambiguidades.
  • Variedade de frases: alterne entre frases curtas e longas para criar um texto interessante.
  • Revisão de textos: revise o texto para corrigir possíveis problemas de coesão e coerência.

A coesão textual é essencial para a construção de um texto claro e articulado, especialmente na redação do ENEM. Entender e aplicar os diferentes tipos de coesão ajuda a organizar os argumentos de forma lógica, tornando o texto mais compreensível e interessante.

Para aprimorar seu desempenho na redação, pratique a aplicação dessas técnicas e reveja os exemplos sempre que necessário.

Para mais dicas sobre como melhorar sua redação e se preparar para o exame, confira nosso conteúdo completo sobre Português no ENEM e conquiste uma pontuação elevada!

Confira o que mais cai em Português no ENEM e aumente suas chances de conseguir uma boa nota

Conhecer a língua portuguesa é essencial para que possamos escrever e falar bem. Então, é natural que ela seja cobrado em grandes avaliações, como vestibulares e concursos. Diante disso, surge a dúvida: o que cai em Português no ENEM?

É importante saber como é a prova de Português para que você descubra o melhor jeito de estudar, a fim de alcançar a nota de corte do ENEM para o curso que escolheu.

Fique com a gente e saiba quais são os conteúdos mais cobrados dessa matéria no ENEM e como você pode organizar seus estudos para arrasar na prova!

O que se estuda na disciplina de Português? 

Em Português, são estudados os sons das palavras (fonética), as palavras de forma isolada (morfologia), as palavras dentro de uma frase (sintaxe), além dos significados e sentidos das palavras (semântica).

O objetivo é que o aluno entenda como o idioma é construído, sua gramática, ortografia e sentidos para que possa se comunicar com clareza e interpretar textos, tanto na norma coloquial quanto na norma culta.

Como é a prova de Português do ENEM? 

Na prova do ENEM, as questões de Português estão na prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. São 45 questões objetivas, que englobam não só o Português, mas também literatura, língua estrangeira, artes, educação física, tecnologia da informação e comunicação.

Apesar de ter outros temas, 60% da prova são de questões de Português. Então, é preciso ficar firme nos estudos para conseguir uma boa nota no ENEM.

As questões costumam ser apresentadas em enunciados mais longos, podendo ser uma notícia ou artigo de jornal ou trecho de uma obra literária, ou por meio de aspectos mais visuais, como quadrinhos ou anúncios de publicidade.

O que mais cai em Português no ENEM?

Depois de conhecer as matérias do ENEM da prova de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, é importante ter atenção ao conteúdo cobrado de Português. Vamos lá?

Interpretação de texto

Quando a gente fala em interpretação de texto, saiba que esse conhecimento é importante não apenas para a língua portuguesa, mas também para compreender o enunciado das questões de outras disciplinas que caem no ENEM.

Assim, é importante que você adquira o hábito da leitura para conseguir se concentrar e, assim, ficar expert na compreensão de textos, identificando a mensagem que está sendo transmitida.

Interpretação de texto não verbal

Além de fazer a interpretação de um texto, como um artigo ou reportagem, no ENEM você também precisa compreender os conceitos de um texto não verbal, como uma tabela, figura, charge, desenho ou outros. 

Nesse caso, é preciso interpretar gestos, cores, expressões da fisionomia de um personagem ou outros códigos, a fim de entender o que aquilo quer dizer.

Figuras de linguagem

Com as figuras de linguagem, as palavras podem ter outros sentidos além do literal. Você consegue, portanto, dar um efeito no discurso. São elas: metáfora, pleonasmo, personificação, catacrese, elipse, onomatopeia, sinestesia, entre outras. 

Então, vale estudar todas elas, para entender os sentidos que proporcionam no texto e seus exemplos. Assim, fica mais fácil assimilar esse assunto e resolver as questões do ENEM com facilidade.

Variação linguística 

A variação linguística se refere ao fato de a língua mudar de acordo com a localidade, hábitos, contexto histórico e cultura de um povo. No Brasil, devido a sua extensão, temos diferentes variações linguísticas. 

Assim, mesmo que a língua portuguesa seja a língua oficial dos habitantes do país, cada um tem uma forma de utilizá-la. E essas alterações no idioma podem vir nos enunciados do ENEM.

Gêneros textuais

Cada gênero textual tem as suas próprias características, linguagem, estrutura, contexto e objetivos, podendo ser, por exemplo: uma receita de bolo, um post de rede social, uma narrativa, um cardápio, artigo, anúncio de classificado de jornal, entre outros.

A ideia é o aluno ter contato com diferentes gêneros textuais para compreender suas peculiaridades.

Análise de discurso

A análise do discurso tem a finalidade de descobrir as construções ideológicas de um texto (verbal ou não-verbal), ou seja, quais sentidos estão nas entrelinhas. Logo, é preciso considerar, além do que está no texto, o contexto em que ele foi produzido.

Como estudar Português para o ENEM?

Depois de descobrir os principais temas de Português da prova, chega o momento de saber como estudar para o ENEM. Acompanhe:

  • crie uma programação de estudos para dividir os temas por partes, já que o conteúdo é extenso. Ao final, faça um resumo do que foi estudado;
  • leia bastante diferentes tipos de texto para ampliar o vocabulário, melhorar sua capacidade de interpretação de texto e entender a construção de gêneros textuais variados;
  • faça exercícios de edições anteriores do ENEM para se acostumar com o tipo de questão da prova de Português;
  • procure por videoaulas no YouTube ou pesquise por aplicativos que tenham exercícios de Português para dinamizar seus estudos.

Vamos começar a estudar? Você viu o que cai de Português no ENEM e pode começar desde já a programar seus estudos. Além das dicas que apresentamos, dedique um tempinho para revisão, especialmente dos tópicos que tenha mais dificuldade.

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Outras dúvidas sobre Português no ENEM que podem ajudar

O que é argumento? Confira sua importância na redação do ENEM e 5 dicas para desenvolver esta habilidade

A redação do ENEM é uma das etapas mais exigentes do exame, sendo necessário contar com alguma bagagem para ter um bom desempenho. Neste momento, construir bons argumentos para validar seu conhecimento é a chave para encantar os avaliadores.

No conteúdo a seguir, vamos apresentar os tipos de argumento, sua importância e como desenvolver esta habilidade para fazer uma redação nota mil no ENEM. Continue com a gente e boa leitura!

O que é argumento?

Argumento é um conjunto de ideias que são usadas com a finalidade de justificar ou provar alguma informação. Existem diferentes tipos de argumentos, que podem servir para defender, persuadir ou mesmo demonstrar fatos. 

São muito utilizados em debates como forma de defender uma opinião, mas também são essenciais em provas de vestibular ou mesmo no ENEM ao demonstrar um conhecimento adquirido. 

Qual a sua importância na hora de fazer a redação do Enem?

O uso de argumentos na redação do ENEM é essencial na construção do texto, pois eles servirão de base para a avaliação de conhecimento no decorrer da prova. 

Os argumentos bem fundamentados ajudam os participantes a convencer os corretores de que você tem conhecimento sobre o assunto descrito, é por isso que vamos ensinar agora os diferentes tipos e como usar na redação do ENEM e tirar uma ótima nota na prova. Confira a seguir.

Quais os tipos de argumentos e suas principais características?

Com objetivo de diferenciar a sua redação do ENEM dos demais participantes é importante conhecer os diversos tipos de argumentos para usar de forma estratégica no seu texto. São eles:

Argumento de autoridade

Trata-se de uma reflexão que tem como base usar falas ou citações de algum especialista da área que pode ser um jornalista, médico, pesquisador (ou instituição de pesquisa) ou outra referência do assunto. 

Este tipo de argumento é usado para contribuir com o que o aluno escreveu, com a seriedade do profissional. 

Argumento por evidência (ou por comprovação)

Esta forma de justificativa se baseia em dados, pesquisa ou outra forma de comprovação ao que está sendo mencionado. Para isso, é necessário citar a fonte de referência, apresentar os resultados de uma pesquisa e mencionar quem é o autor, por exemplo. 

Este tipo de argumento na redação do ENEM ajuda a comprovar a tese, além de mostrar o conhecimento do participante sobre o assunto. Por isso, ao estudar sobre temas da atualidade, lembre-se de gravar informações e dados de pesquisa dos assuntos, pois poderão ser relevantes para sua redação. 

Argumento por comparação (ou por analogia)

Como o nome já dá indícios, é um tipo de argumento que tem como objetivo comparar dois fatos, dois elementos ou dois contextos a serem analisados. Esta também pode ser uma rica forma de mostrar seu conhecimento por meio da redação, pois terá reflexões diferentes para discorrer. 

Ela pode funcionar por meio de contraposição, onde o participante mostra duas situações e discorre sobre suas diferenças ou mesmo por meio de analogias, quando são apresentados dois contextos diferentes, mas com características semelhantes. Muito utilizada para simplificar e fortalecer sua tese.

Argumento por causa e consequência

Neste contexto a ideia fica por conta de apresentar uma causa de algo e, em seguida, suas consequências. Você apresenta um problema, por exemplo, e traz para a consciência o efeito disso. 

Também serve para facilitar a compreensão do que se está discorrendo, bem como reforçar seus argumentos durante a prova do ENEM. Além disso, demonstra de forma positiva o conhecimento sobre o assunto.  

Argumento por ilustração (ou exemplificação)

Este é o argumento onde o participante tem a chance de mostrar de forma bem didática o que está querendo falar, com exemplos do cotidiano, com fatos históricos ou mesmo exemplos fictícios. 

Ele é muito utilizado para criar conexão com leitor, além de facilitar a compreensão do que está querendo dizer. Aqui você também pode usar dados, estudo de caso, pesquisa ou mesmo analogias. 

5 dicas para desenvolver uma boa argumentação

Agora que você já compreendeu os principais tipos de argumentação, saiba como desenvolvê-los de forma criativa e objetiva para usar na redação do ENEM. 

1. Faça análises críticas da realidade

É essencial na construção de uma boa redação que se tenha conhecimento dos fatos que envolvem a sociedade, principalmente quem está estudando para o ENEM ou outro vestibular, pois temas da atualidade são corriqueiros nessas provas. 

E, para ir além dos argumentos superficiais, você vai precisar observar os principais problemas do mundo, se informar, questionar fatos, entender problemas e identificar consequências. Só então montar seus argumentos com base em tudo o que coletou de informações. 

2. Comprove suas análises com fatos

Depois de ter informações suficientes para montar argumentos sólidos, você pode usar alguns dos dados que estudou e comprovar o conhecimento, bem como trazer à prática o que se está discorrendo. 

Por exemplo, se o tema da redação do ENEM for sobre desastres climáticos você pode usar argumentos como as enchentes que ocorreram no Sul do país ou mesmo as altas das queimadas, mas para comprovar isso precisará trazer alguma informação relevante e concreta do que aconteceu. 

3. Nunca faça análises desvinculadas da realidade

É essencial na construção de bons argumentos de uma redação que você traga fatos reais do que está sendo falado, para ter relevância, credibilidade e mostrar também o seu entendimento a partir do assunto. 

4. Não se apoie apenas na opinião de grandes autores

Nomes de destaque estão nessa posição por conta da sua visibilidade, ou seja, são conhecidos por muitos, inclusive pelos avaliadores de prova. 

Para não correr o risco de criar algo semelhante ao plágio e também ter diferentes visões do assunto, busque diferentes veículos de comunicação sobre os temas mais importantes do momento. Assim, você faz sua própria análise e constrói argumentos únicos sobre o tema da redação.

5. Não faça afirmações muito vagas

Só existe uma forma de mostrar o seu conhecimento sobre o assunto, tendo material suficiente que sustente um bom argumento, portanto, não faça afirmações vagas, com achismos, sem relevância ou com frases clichês. 

Seja claro e objetivo, traga exemplos práticos e, sempre que possível, com dados. Em de falar, por exemplo, que muitas pessoas perderam as casas com a enchente, traga dados reais dos números de atingidos.

Ou então que muitas matas foram queimadas, mostre os dados de hectare e as consequências disso. Isso vai diferenciar você e demonstrar seu conhecimento sobre o tema. 

Entender o que é argumento e seus diferentes tipos é fundamental para fazer uma boa redação no ENEM. Apesar de parecer complicado em um primeiro momento, quanto mais você se informar, ler, assistir filmes, documentários ou vídeos sobre o tema, mais enriquecedor será o seu trabalho de escrita na prova. 

Se você quer saber mais sobre como funciona a redação do ENEM, quais critérios são avaliados e o que evitar de erros para esta importante prova, acesse nosso conteúdo aqui. 

Outras dúvidas sobre os tipos de argumento que podem ajudar

Entenda o que é formação de palavras e suas aplicações no ENEM

A formação de palavras é um processo essencial da língua portuguesa, pois permite a criação de novos vocábulos e amplia a capacidade de comunicação. 

Entender como as palavras são formadas e quais são as classificações e processos envolvidos é fundamental, já que o ENEM frequentemente cobra esse tipo de conhecimento em questões de gramática e interpretação de texto.

A seguir, vamos explorar o que é a formação de palavras, suas classificações e os principais processos envolvidos, além de mostrar como esse conteúdo pode ser aplicado no exame. Boa leitura!

O que é formação de palavras?

A formação de palavras é o processo de criação de novas palavras a partir das já existentes ou elementos primitivos da língua. Isso pode ser feito por meio de diferentes técnicas que combinam raízes, prefixos, sufixos e outros elementos linguísticos para gerar termos com novos significados.

Esse processo é fundamental para o desenvolvimento da língua, permitindo que ela evolua e se adapte a novas realidades. 

No ENEM, a formação de palavras aparece em questões que envolvem a análise de vocabulário, interpretação de textos e na construção de uma boa redação.

Como elas são classificadas?

As palavras na língua portuguesa podem ser classificadas de acordo com a sua origem. Confira os detalhes das categorias principais!

Palavras primitivas

As palavras primitivas são aquelas que não derivam de outras palavras já existentes na língua. Elas funcionam como base para a formação de outros vocábulos e geralmente são mais antigas. 

Exemplos de palavras primitivas incluem “casa”, “flor” e “pedra”. Elas são fundamentais no processo de derivação, servindo de base para a criação de palavras mais complexas.

Essas palavras são essenciais para a compreensão do vocabulário, já que muitos termos mais complexos derivam diretamente delas. 

No ENEM, identificar palavras primitivas pode ser necessário em questões que envolvem análise morfológica ou interpretação textual.

Palavras derivadas

As palavras derivadas, por outro lado, são formadas a partir de palavras primitivas, por meio da adição de afixos (prefixos e sufixos) ou outros processos de modificação. 

Por exemplo, “florescer” deriva de “flor”, e “pedreiro” deriva de “pedra”. Essas palavras são muito comuns no dia a dia, pois a derivação é um dos processos mais produtivos de formação de palavras.

No contexto do ENEM, reconhecer palavras derivadas ajuda a entender a lógica da língua, especialmente em questões de interpretação de textos ou na análise de significados.

Quais são os processos de formação de palavras?

Existem vários processos que permitem a criação de novas palavras na língua portuguesa. A seguir, vamos explorar quais são eles e suas aplicações.

1. Derivação

A derivação é o processo mais comum de formação de palavras e acontece quando um afixo (prefixo ou sufixo) é adicionado a uma palavra primitiva, formando um novo termo. Existem diferentes tipos de derivação:

  • derivação prefixal: quando se adiciona um prefixo, como em “infeliz” (in- + feliz);
  • derivação sufixal: quando se adiciona um sufixo, como em “felicidade” (feliz + -dade);
  • derivação prefixal e sufixal: quando há adição de prefixo e sufixo simultaneamente, como em “deslealdade” (des- + leal + -dade);
  • derivação parassintética: quando o prefixo e o sufixo são adicionados ao mesmo tempo e a palavra não existe sem esses afixos, como em “envelhecer” (en- + velho + -ecer).

A derivação é um tema recorrente em questões do ENEM, pois envolve o conhecimento de morfologia e semântica.

2. Composição

A composição ocorre quando duas ou mais palavras ou radicais se unem para formar uma nova palavra. Ela pode ser classificada em dois tipos:

  • composição por justaposição: quando as palavras se unem sem alterações em sua estrutura original, como em “guarda-chuva” (guarda + chuva);
  • composição por aglutinação: quando há alterações na estrutura das palavras que se unem, como em “planalto” (plano + alto).

Esse processo também aparece no ENEM, especialmente em questões que pedem a análise de estruturas de palavras e seu significado.

3. Neologismo

O neologismo é o processo de criação de novas palavras para designar novos conceitos, objetos ou tecnologias. 

Com o avanço tecnológico e mudanças culturais, novos termos são constantemente criados. Por exemplo, “selfie” e “streaming” são neologismos que surgiram recentemente.

No ENEM, os neologismos podem ser abordados em questões que discutem o impacto das novas tecnologias e tendências culturais na língua.

4. Onomatopeia

A onomatopeia é a formação de palavras a partir da imitação de sons. Palavras como “tic-tac” (relógio) e “miau” (som do gato) são exemplos de onomatopeias. 

Elas são usadas para representar sons específicos na escrita e são bastante comuns em textos literários e quadrinhos.

Esse processo de formação de palavras pode aparecer no ENEM em questões relacionadas à análise de figuras de linguagem e ao estilo de escrita.

5. Hibridismo

O hibridismo é a formação de palavras a partir da combinação de elementos de línguas diferentes. Um exemplo é a palavra “automóvel”, que combina o radical grego “auto” (por si mesmo) e o radical latino “móvel” (movimento).

O ENEM pode abordar esse processo para discutir a influência de diferentes culturas e línguas na formação do português moderno.

6. Abreviação

A abreviação é a criação de novas palavras por meio da redução de palavras já existentes. Um exemplo é a palavra “foto”, que é a forma abreviada de “fotografia”. 

Esse processo é comum na linguagem coloquial e em textos informais, mas também aparece em contextos mais formais, como em nomes de organizações e siglas.

A abreviação é um fenômeno frequente na comunicação cotidiana e pode ser abordada no ENEM em questões de linguística ou interpretação textual.

No geral, a formação de palavras é um tema fundamental na língua portuguesa e no ENEM. Saber identificar e classificá-las, além de entender os processos envolvidos na criação de novos vocábulos, é essencial para quem deseja ter um bom desempenho na prova. 

No ENEM, esse conteúdo pode ser cobrado tanto em questões objetivas quanto na redação, por isso é importante dominar esses conceitos e suas aplicações.

Se você quer se aprofundar ainda mais nesse assunto e aprimorar suas habilidades gramaticais, não deixe de conferir nosso conteúdo sobre Português no ENEM e mantenha-se atualizado!

Concordância nominal: entenda o conceito e sua relevância no ENEM

No ENEM, dominar as regras gramaticais é essencial para garantir uma boa pontuação, especialmente nas seções de interpretação de texto e redação. 

Entre as diversas regras de gramática, a concordância nominal desempenha um papel crucial. Este conceito não apenas contribui para a clareza e a coesão textual, mas também pode ser um diferencial na sua avaliação. 

Neste post, vamos explorar o que é concordância nominal, sua importância para o ENEM, e como você pode se preparar para aplicá-la corretamente. Boa leitura!

O que é concordância nominal?

Concordância nominal é a regra gramatical que define a harmonização entre um substantivo e seus modificadores, como adjetivos, artigos e pronomes. 

Em termos simples, trata-se de garantir que o gênero (masculino ou feminino) e o número (singular ou plural) desses modificadores correspondam ao substantivo a que se referem. 

Por exemplo, na frase “Os livros antigos estão na estante”, o adjetivo “antigos” concorda com “livros” em gênero (masculino) e número (plural).

Essa concordância é essencial para a estruturação correta das frases e é fundamental para a clareza da comunicação. 

No contexto do ENEM, onde a precisão linguística é avaliada, entender e aplicar as regras de concordância nominal pode impactar significativamente o seu desempenho.

Qual sua importância?

A concordância nominal é vital no ENEM por várias razões:

  • clareza e coesão textual: a aplicação correta das regras de concordância torna o texto mais claro e coeso. Isso ajuda a evitar ambiguidades e melhora a compreensão geral do leitor;
  • avaliação de competência linguística: o ENEM avalia a sua capacidade de usar a língua portuguesa de forma precisa e eficaz. Demonstrar um bom entendimento da concordância nominal reflete sua competência gramatical e pode contribuir para uma nota mais alta;
  • qualidade da redação: erros de concordância nominal em uma redação podem comprometer a qualidade do texto e afetar a nota. Um texto bem escrito, com concordância correta, é mais provável de impressionar os revisores;
  • destaque na prova: em um exame com muitos candidatos, a atenção aos detalhes pode fazer a diferença. A correta aplicação das regras de concordância nominal pode ajudar a se destacar e alcançar uma nota superior.

Diferenças entre concordância nominal e verbal

Embora ambas as formas de concordância envolvam a harmonia na língua, elas se aplicam a diferentes partes da frase:

  • concordância nominal: refere-se à adequação entre o substantivo e seus modificadores, como adjetivos e pronomes. Por exemplo: “As casas verdes são grandes”. Aqui, “verdes” e “grandes” concordam com “casas” em gênero e número;
  • concordância verbal: trata da harmonia entre o sujeito e o verbo. Por exemplo: “Os alunos estudam para o exame.” O verbo “estudam” está no plural, concordando com o sujeito “alunos”.

Compreender essas diferenças é essencial para aplicar corretamente as regras de gramática e evitar erros comuns nas provas do ENEM.

Principais regras da concordância nominal

Substantivo + um adjetivo

Quando um adjetivo qualifica um substantivo, ele deve concordar em gênero e número com o substantivo.

Exemplo: “O cachorro pequeno brinca no quintal.”

  • “Pequeno” concorda com “cachorro” em gênero (masculino) e número (singular).

Verbo ser + adjetivo

Quando o verbo “ser” é seguido por um adjetivo, a concordância deve ser feita com o sujeito da frase. O adjetivo deve concordar em gênero e número com o sujeito.

Exemplo: “A mesa é redonda e elegante.”

  • “Redonda” e “elegante” concordam com “mesa” em gênero (feminino) e número (singular).

Substantivo + números ordinais

Os números ordinais devem concordar com o substantivo a que se referem em gênero e número.

Exemplo: “Ela foi a segunda colocada na competição.”

  • “Segunda” concorda com “colocada” em gênero (feminino) e número (singular).

Substantivos + dois ou mais adjetivos

Quando um substantivo é qualificado por dois ou mais adjetivos, todos os adjetivos devem concordar com o substantivo em gênero e número.

Exemplo: “Os alunos dedicados e esforçados passaram no exame.”

  • “Dedicados” e “esforçados” concordam com “alunos” em gênero (masculino) e número (plural).

Substantivos + um adjetivo

Quando um substantivo é qualificado por um único adjetivo, a concordância deve ser mantida entre ambos.

Exemplo: “As flores amarelas decoram o jardim.”

  • “Amarelas” concorda com “flores” em gênero (feminino) e número (plural).

5 dicas para dominar a concordância nominal

1. Leia bastante

O hábito da leitura é uma das melhores maneiras de internalizar as regras de concordância nominal. Ao ler livros, artigos e outros textos variados, você se depara com exemplos práticos de como aplicar a gramática corretamente. 

A exposição a diferentes estilos de escrita ajuda a fortalecer seu entendimento e a reconhecer padrões de concordância. Além disso, a leitura melhora sua capacidade de identificar erros em seus próprios textos e os de outros.

2. Pratique com exercícios

A prática é essencial para solidificar o conhecimento sobre concordância nominal. Faça exercícios específicos que desafiem você a identificar e corrigir erros de concordância, completar frases e reescrever textos com problemas gramaticais. 

Esses exercícios ajudam a reforçar as regras e a aplicar o conhecimento de forma eficaz. Procure atividades que ofereçam feedback para que você possa avaliar seu progresso e ajustar suas estratégias de estudo.

3. Tenha atenção aos detalhes

A revisão cuidadosa é crucial para evitar erros de concordância nominal. Ao revisar seus textos, preste atenção especial aos detalhes da concordância entre substantivos e seus modificadores. 

Verifique se todos os adjetivos, artigos e pronomes estão corretamente ajustados ao gênero e número do substantivo. Essa atenção aos detalhes ajuda a garantir que seu texto seja claro e gramaticalmente correto.

4. Consulte gramáticas e dicionários

Utilizar gramáticas e dicionários é uma maneira eficaz de esclarecer dúvidas sobre concordância nominal. Esses recursos oferecem explicações detalhadas e exemplos que podem ajudar a resolver incertezas e reforçar o conhecimento. 

Consulte regularmente gramáticas confiáveis e dicionários para obter informações precisas e atualizadas sobre as regras de concordância.

5. Utilize ferramentas online

Ferramentas online, como corretores gramaticais e softwares de revisão, podem ser úteis para identificar e corrigir erros de concordância nominal. Essas ferramentas analisam o texto em busca de inconsistências e sugerem correções. 

No entanto, é importante revisar as sugestões e aplicar seu próprio julgamento para garantir que as correções sejam apropriadas para o contexto. Use essas ferramentas como complemento à revisão manual para obter melhores resultados.

Dominar a concordância nominal é essencial para um bom desempenho no ENEM, seja nas questões objetivas ou na redação. Entender e aplicar corretamente as regras de concordância ajuda a produzir textos claros, coesos e gramaticalmente corretos. 

Ao seguir as dicas apresentadas e praticar regularmente, você estará melhor preparado para enfrentar o exame com confiança.

Quer se aprofundar ainda mais em gramática e outras dicas valiosas para o ENEM? Confira nosso conteúdo completo sobre Português e aumente suas chances de sucesso no exame!

FAQ / Perguntas frequentes

O que é concordância verbal? Descubra suas classificações para o ENEM

A concordância verbal é um dos pilares da gramática da língua portuguesa e está presente em quase todos os textos escritos e falados. Ela consiste na relação de harmonia entre o sujeito de uma oração e o verbo, que deve concordar com ele em número e pessoa. 

Para quem está se preparando para o ENEM, dominar esse conceito é essencial, já que ele aparece frequentemente em questões de gramática e interpretação de texto.

A seguir, vamos explicar as regras fundamentais de concordância, apontar as principais diferenças entre concordância verbal e nominal e abordar as situações específicas, como sujeito composto e locução verbal. Boa leitura!

O que é concordância verbal?

Concordância verbal é o ajuste que ocorre entre o sujeito e o verbo de uma oração, garantindo que o verbo concorde com o sujeito em número (singular ou plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). 

Esse ajuste garante que a frase esteja correta do ponto de vista gramatical e seja compreensível. A concordância verbal é essencial para garantir a clareza na comunicação. Ela é aplicada em todas as formas verbais e depende da identificação correta do sujeito da oração. 

No ENEM, essa competência é avaliada tanto em questões de múltipla escolha quanto na redação, onde o uso correto da concordância pode fazer a diferença na nota.

Qual sua importância?

A concordância verbal é importante porque contribui diretamente para a construção de frases corretas e coerentes. Um erro de concordância pode comprometer o entendimento de uma mensagem e causar ambiguidade ou confusão no leitor. 

No ENEM, uma redação com erros de concordância demonstra falta de domínio da norma culta da língua, o que pode impactar negativamente a avaliação do texto.

Além disso, a concordância verbal aparece frequentemente em questões de gramática, especialmente em perguntas que avaliam a capacidade do candidato de reconhecer e aplicar regras básicas da língua portuguesa. 

Diferenças entre concordância verbal e nominal

Enquanto a concordância verbal regula a relação entre o sujeito e o verbo, a concordância nominal se refere à relação de concordância entre o substantivo e seus determinantes, como adjetivos, artigos e pronomes. 

Na concordância nominal, todos esses elementos devem concordar com o substantivo em gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural).

Por exemplo:

  • na concordância verbal: “As meninas cantaram.” (sujeito “meninas” + verbo “cantar”);
  • na concordância nominal: “As meninas são alegres.” (substantivo “meninas” + adjetivo “alegres”).

Esses dois tipos de concordância são fundamentais para a construção de frases corretas e devem ser aplicados simultaneamente em textos formais, como a redação do ENEM.

Principais regras da concordância verbal

Existem várias regras que regem a concordância verbal, dependendo do tipo de sujeito presente na oração. A seguir, destacamos as principais regras que você precisa conhecer para o ENEM!

1. Sujeito simples

Quando o sujeito é simples (ou seja, composto por um único núcleo), o verbo deve concordar com ele em número e pessoa. Veja alguns exemplos:

  • “O aluno estuda para o ENEM.” (sujeito simples: “aluno”, verbo na 3ª pessoa do singular);
  • “Os alunos estudam para o ENEM.” (sujeito simples: “alunos”, verbo na 3ª pessoa do plural).

Essa é a regra básica da concordância verbal e, geralmente, é a mais fácil de aplicar. No entanto, é fundamental identificar corretamente o sujeito para evitar erros, principalmente em frases mais complexas.

2. Sujeito composto

Quando o sujeito é composto (formado por dois ou mais núcleos), a concordância depende da posição dos núcleos e da forma como eles estão conectados. Veja as principais possibilidades:

  • quando os núcleos são coordenados por “e”, o verbo vai para o plural: “João e Maria estudaram juntos.”;
  • quando os núcleos estão separados por “ou” com valor de exclusão, o verbo concorda com o núcleo mais próximo: “Pedro ou João chegará primeiro.”;
  • se os núcleos indicam uma ideia de unidade ou conjunto, o verbo pode ficar no singular: “Pão e manteiga é meu café da manhã favorito.”.

Essa flexibilidade nas regras de concordância com sujeito composto exige atenção ao contexto da frase e à relação entre os núcleos do sujeito.

3. Oração sem sujeito

Em orações sem sujeito, o verbo é impessoal e fica sempre na 3ª pessoa do singular. Esse tipo de oração ocorre principalmente com verbos que indicam fenômenos da natureza ou com os verbos “haver” e “fazer” no sentido de existência ou tempo decorrido.

Exemplos:

  • “Choveu ontem à noite.” (verbo impessoal que indica fenômeno da natureza);
  • “Há muitos estudantes na biblioteca.” (verbo impessoal “haver” no sentido de existir);
  • “Faz dois anos que me formei.” (verbo “fazer” no sentido de tempo decorrido).

No ENEM, orações sem sujeito costumam ser cobradas em questões que envolvem a análise sintática de frases.

4. Locução verbal

A locução verbal é formada por um verbo auxiliar mais um verbo principal (geralmente no infinitivo, gerúndio ou particípio). A concordância verbal ocorre com o verbo auxiliar, que deve concordar com o sujeito da oração.

Exemplos:

  • “Os alunos vão estudar para a prova.” (o verbo auxiliar “vão” concorda com o sujeito “alunos”);
  • “Ela está escrevendo a redação.” (o verbo auxiliar “está” concorda com o sujeito “ela”).

Em locuções verbais, o verbo auxiliar assume a flexão de número e pessoa, enquanto o verbo principal permanece na forma impessoal (infinitivo, gerúndio ou particípio).

A concordância verbal é um dos aspectos mais importantes da gramática e tem grande relevância nas questões do ENEM, tanto na prova de Linguagens quanto na redação. 

Entender as regras que envolvem a concordância verbal é essencial para evitar erros e garantir a clareza e a correção do texto. Para garantir uma boa pontuação no ENEM, dedique-se a praticar esse conteúdo e dominar as principais normas.

Se você quer continuar aprimorando seus conhecimentos e garantir um desempenho de excelência na prova, confira nosso conteúdo sobre Português no ENEM e mantenha-se preparado!

O que é semântica? Confira como o significado das palavras influencia na interpretação de texto do ENEM

Semântica é o estudo do significado das palavras, frases e textos em uma língua. Esse é um tema cobrado com frequência no ENEM e também em outros vestibulares e concursos. 

Ter um bom conhecimento sobre este tema pode evitar equívocos na interpretação de enunciados e na escolha de palavras adequadas para expressar ideias com clareza na hora de fazer uma redação, tornando o vocabulário mais rico. 

Ao longo deste conteúdo, você vai entender o que é semântica, os principais tipos e suas características. Boa leitura!

O que é semântica? 

A semântica é o estudo dos significados das palavras, frases, expressões e como esses elementos se relacionam para criar o sentido em uma língua. 

Em outras palavras, a semântica é o que nos permite entender o significado por trás das palavras que usamos para nos comunicar. 

Imagine que as palavras são peças de um quebra-cabeça e a semântica é o manual que nos ajuda a encaixá-las forma coerente.

Ela explora as nuances de como as palavras adquirem significado e como diferentes contextos podem alterá-las.

Qual a sua função em um texto?

A semântica é como a “alma” de um texto, aquilo que dá significado às palavras e frases que lemos e escrevemos. Sua função primordial é tornar a comunicação mais clara e eficaz

Ela nos ajuda a entender o que as palavras realmente querem dizer, levando em conta o contexto, as relações entre elas e as nuances sutis que podem mudar completamente o sentido de uma mensagem. 

Pense na semântica como o alicerce de um edifício. Ela sustenta toda a estrutura do texto, garantindo que cada palavra esteja no lugar certo e contribua para a mensagem que queremos transmitir. 

Quando usamos a semântica de forma adequada, conseguimos evitar ambiguidades, equívocos e tornar nossa escrita mais poderosa e persuasiva.

Quais os tipos de semântica?

A semântica é um campo amplo e diversificado, com diferentes áreas de estudo que exploram diversos aspectos dos significados das palavras e da linguagem. Alguns dos principais tipos incluem:

  • lexical: concentra-se no estudo dos significados das palavras individuais, incluindo seus múltiplos sentidos e como eles se relacionam com outros termos;
  • sentencial: explora como as palavras e expressões em uma frase ou oração se combinam para criar significados complexos;
  • pragmática: vai além das palavras e considera como o contexto e as intenções comunicativas afetam a interpretação do significado;
  • formal: envolve o uso de lógica e estruturas formais para representar e analisar o significado das sentenças;
  • descritiva: preocupa-se em descrever como as palavras e frases são usadas em diferentes contextos e situações de uso.

Conheça os principais conceitos da semântica

A semântica é um campo fascinante que explora os significados das palavras e como elas funcionam na linguagem. Vamos dar uma olhada nos seus principais conceitos:

Denotação

A denotação refere-se ao significado literal e objetivo de uma palavra ou expressão. É o significado que você encontra em um dicionário, geralmente isento de qualquer interpretação subjetiva.

Por exemplo: “gato”, denota um felino doméstico.

Conotação

Ao contrário da denotação, a conotação se refere aos significados subjetivos e associações emocionais que uma palavra ou expressão pode ter.

Por exemplo: “gato”, pode conotar elegância e mistério em certos contextos.

Sinonímia e Antonímia

A sinonímia envolve palavras que têm significados semelhantes, enquanto a antonímia envolve palavras que têm significados opostos.

Por exemplo: “feliz” e “contente” são sinônimos, enquanto “feliz” e “triste” são antônimos.

Hiponímia e Hiperonímia

A hiponímia se refere a uma relação em que uma palavra representa uma categoria mais específica em relação a outra.

Por exemplo: “rosa” é um hipônimo de “flor”, já que “flor” é uma categoria mais ampla que inclui “rosa”.

A hiperonímia é o oposto, na qual uma palavra representa uma categoria mais ampla. Por exemplo: “fruta” é um hiperônimo de “maçã”.

Polissemia

A polissemia ocorre quando uma única palavra tem múltiplos significados relacionados entre si. Por exemplo: a palavra “boca” pode se referir à parte do corpo humano ou à abertura de uma garrafa.

Ambiguidade

A ambiguidade ocorre quando uma palavra, frase ou sentença pode ter mais de um significado, tornando a interpretação incerta. 

Ela pode surgir de diferentes maneiras, como a ambiguidade lexical (quando uma palavra tem múltiplos significados) ou estrutural (quando a estrutura da frase permite interpretações diferentes).

Em resumo, entender o que é semântica nos leva a um campo fascinante, nos permitindo explorar os significados das palavras e como eles se relacionam na linguagem. 

Ao se familiarizar com os conceitos como denotação, conotação, sinonímia, antonímia, hiponímia, hiperonímia, polissemia e ambiguidade, adentramos em um universo de nuances linguísticas. 

Eles são a chave para a compreensão profunda da linguagem, possibilitando uma comunicação mais clara e eficaz e melhor interpretação da língua portuguesa e suas infinitas possibilidades.

Para os estudantes que estão se preparando para o ENEM, é fundamental dominar esse assunto na hora de fazer a redação. 

E para ficar por dentro de outros assuntos importantes do exame, confira nosso conteúdo com as principais matérias de Humanas do ENEM e prepare-se para obter o melhor desempenho!