Roma Antiga: da fundação ao império que moldou o Ocidente

Imagem atual da parte interna do coliseu, um dos maiores símbolos da Roma Antiga

A Roma Antiga foi uma das civilizações mais poderosas e influentes da história. Desde sua lendária fundação até o apogeu do Império, os romanos deixaram um legado político, jurídico e cultural que atravessa séculos. 

Para quem está se preparando para o Enem, conhecer a estrutura da República, do Império e as transformações sociais é essencial. Neste artigo, você vai entender os principais aspectos dessa civilização e por que ela é um dos temas favoritos nas provas de história.

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Como surgiu Roma Antiga?

A fundação de Roma é cercada por lendas. A mais famosa conta que Rômulo e Remo, filhos do deus Marte, foram criados por uma loba e fundaram a cidade em 753 a.C. Rômulo teria matado Remo e se tornado o primeiro rei de Roma. Embora seja uma narrativa mitológica, ela indica o valor simbólico que os romanos davam à origem de sua cidade.

Historicamente, Roma surgiu na Península Itálica, entre os rios Tibre e Lácio, em uma região estratégica para o comércio e a expansão militar. Inicialmente, Roma era governada por reis e influenciada por culturas vizinhas, como os etruscos e os gregos.

Essa primeira fase, chamada de monarquia romana, durou até 509 a.C., quando os romanos depuseram o último rei etrusco e instauraram a República. A partir daí, Roma começou a se expandir gradualmente, tornando-se uma potência militar e política.

A República Romana

Com o fim da monarquia, Roma passou a ser governada pela República, uma forma de governo em que o poder era exercido por magistrados eleitos e órgãos colegiados. 

A República Romana durou de 509 a.C. até 27 a.C., e nesse período a cidade se transformou em uma potência que dominou toda a Bacia do Mediterrâneo.

A estrutura política da República era composta por:

  • Cônsules: dois governantes eleitos anualmente, responsáveis pelo comando do exército e pela administração do Estado;
  • Senado: órgão composto por patrícios, com grande influência nas decisões políticas;
  • Magistraturas: cargos públicos com funções específicas, como os questores (finanças) e pretores (justiça);
  • Assembleias: locais de votação dos cidadãos romanos, com diferentes tipos conforme a função.

Durante a República, houve intensos conflitos entre os patrícios (nobreza) e os plebeus (população comum), conhecidos como Lutas entre Patrícios e Plebeus. Como resultado dessas disputas, os plebeus conquistaram direitos importantes, como a criação da Lei das Doze Tábuas e a eleição de tribunos da plebe.

Apesar dos avanços, a República foi marcada por desigualdade social, corrupção e concentração de poder. As guerras de conquista também contribuíram para o enfraquecimento das instituições republicanas.

A expansão territorial de Roma

Durante a República, Roma travou várias guerras que expandiram seus domínios. As Guerras Púnicas contra Cartago foram algumas das mais importantes. Na Segunda Guerra Púnica, o general cartaginês Aníbal chegou a invadir a Península Itálica, mas foi derrotado por Roma.

A vitória nas guerras púnicas garantiu o controle romano sobre o Mediterrâneo Ocidental. Posteriormente, Roma conquistou a Grécia, o Egito, a Gália, a Península Ibérica e parte do Oriente Médio. Essa expansão trouxe riquezas, mas também tensões sociais, já que as vitórias aumentavam o poder de generais ambiciosos.

Entre os séculos II e I a.C., as disputas internas se intensificaram. Reformas agrárias, revoltas e guerras civis marcaram o fim da República. Figuras como Mário, Sula, Pompeu e Júlio César disputaram o poder em meio a um cenário de instabilidade.

O Império Romano

Em 27 a.C., Otávio, sobrinho de Júlio César, foi nomeado imperador com o título de Augusto. Assim teve início o Império Romano, que marcou uma nova fase da história romana. Embora as instituições republicanas ainda existissem formalmente, o poder estava concentrado nas mãos do imperador.

O período conhecido como Alto Império foi marcado por estabilidade e crescimento. O governo de Augusto ficou famoso por inaugurar a Pax Romana, um período de relativa paz que durou cerca de dois séculos. Durante esse tempo, Roma expandiu ainda mais suas fronteiras e investiu em infraestrutura, como estradas, aquedutos e monumentos.

Os imperadores que sucederam Augusto variaram entre bons administradores, como Trajano e Adriano, e governantes cruéis, como Nero e Calígula. Apesar disso, o Império se manteve sólido por muitos anos, com Roma como centro político, econômico e cultural do mundo ocidental.

A estrutura social romana

A sociedade romana era hierárquica e desigual. Na base estavam os escravizados, que eram prisioneiros de guerra ou endividados. Acima deles estavam os plebeus, homens livres com poucos direitos políticos, e no topo os patrícios, aristocratas que controlavam a política e as terras.

Durante o Império, surgiu um novo grupo social: os equites, uma classe média formada por comerciantes e militares que acumulavam riquezas. Embora a mobilidade social fosse limitada, era possível ascender na hierarquia por mérito militar ou influência política.

As mulheres romanas não participavam da vida política, mas podiam ter certa autonomia na esfera privada. A religião romana era politeísta, influenciada por crenças gregas e etruscas. Os deuses tinham funções sociais específicas e o culto aos imperadores tornou-se uma prática comum durante o Império.

Cultura e legado da Roma Antiga

A cultura romana deixou marcas profundas na civilização ocidental. No direito, os romanos desenvolveram um sistema jurídico que influenciou as legislações modernas. A arquitetura se destacou pelo uso de arcos, abóbadas e construções monumentais, como o Coliseu e os aquedutos.

O latim, língua oficial de Roma, deu origem às línguas românicas como português, espanhol, francês e italiano. A literatura romana floresceu com autores como Virgílio, Horácio e Cícero. Os romanos também influenciaram o urbanismo, com a criação de ruas pavimentadas, banhos públicos e fóruns.

A cultura romana se expandiu por todo o Império, misturando-se com tradições locais. Essa difusão cultural é chamada de romanização. Mesmo após a queda do Império, em 476 d.C., muitos elementos da cultura romana foram preservados e retomados durante o Renascimento.

A queda do Império Romano

O Império começou a enfraquecer a partir do século III d.C., com crises econômicas, militares e administrativas. As fronteiras eram atacadas por povos considerados bárbaros, como visigodos, vândalos e hunos. A administração tornou-se cada vez mais ineficiente e a economia sofreu com inflação e escassez.

Em 395 d.C., o Império foi dividido em duas partes: Império Romano do Ocidente e Império Romano do Oriente. Em 476 d.C., o último imperador do Ocidente, Rômulo Augústulo, foi deposto por Odoacro, marcando oficialmente o fim da Roma Antiga no Ocidente.

O Império do Oriente, conhecido como Império Bizantino, continuou existindo até 1453, quando Constantinopla foi conquistada pelos turcos otomanos.

A história da Roma Antiga é fundamental para compreender a formação do mundo ocidental. Seus sistemas políticos, jurídicos e culturais moldaram a forma como vivemos até hoje. No Enem, esse tema aparece com frequência e pode ser explorado sob diferentes aspectos, como cidadania, organização social e legado histórico.

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