Como funciona a redação do ENEM? 5 dicas para construir um bom texto e aumentar sua nota no exame!

A redação do ENEM é a chance que os candidatos têm de mostrar aos avaliadores suas habilidades de escrita e ainda aumentar a média final da sua nota na prova. Mas, por vezes, pode parecer difícil fazer um ótimo trabalho em apenas 30 linhas. 

Se você está se preparando para o exame e quer garantir a maior nota possível, continue a leitura deste conteúdo. Vamos explicar como funciona a redação do ENEM, sua importância e ainda apresentar 5 dicas para que você se saia bem, sem pânico. Aproveite!

O que é a redação do ENEM?

A redação do ENEM é a parte onde o candidato precisa desenvolver um texto dissertativo-argumentativo sobre um tema relevante para a sociedade, mas que só é revelado no momento da prova. 

Essa é a etapa mais importante do Exame Nacional do Ensino Médio, pois a redação conta com alto peso na média final, junto das outras quatro provas objetivas. 

Qual sua importância?

É na redação do ENEM que o aluno tem a oportunidade de refletir sobre importantes temas da sociedade e mostrar suas habilidades de escrita, que poderão ser usadas no mercado de trabalho e na sua comunicação futuramente, por exemplo. 

O ENEM conta com quatro provas objetivas: Linguagens e Códigos e suas Tecnologias, Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e mais a redação. Cada categoria tem 45 questões de múltipla escolha, com cinco alternativas de resposta.

A pontuação final do exame é resultado da soma das objetivas, mais a redação, com o valor sendo dividido por 5 (quantidade total de provas).

Sendo assim, para os candidatos com interesse em ingressar na faculdade usando a nota do ENEM, é essencial que tenha uma alta nota na redação, pois é a chance de elevar a média. 

Qual peso da redação do ENEM?

A redação do ENEM tem peso de 20% do total do exame e sua maior nota pode chegar a 1000. Os critérios de avaliação são com base nas seguintes competências:

  • domínio da norma padrão da língua portuguesa;
  • compreensão da proposta de redação;
  • seleção e organização das informações;
  • demonstração de conhecimento da língua necessária para argumentação do texto;
  • elaboração de uma proposta de solução para os problemas abordados, respeitando os valores e considerando as diversidades socioculturais.

Mas é importante ressaltar que há algumas práticas que podem zerar a redação do ENEM, colocando em risco a sua nota final. São eles: 

  • fuga ao tema;
  • desobediência ao formato de dissertação;
  • folha em branco ou com menos de 7 linhas;
  • cópia dos textos motivadores;
  • desenhos e sinais gráficos impróprios;
  • partes desconexas ou com assinatura;
  • texto escrito em língua estrangeira ou com letra ilegível.

Como funciona a redação do ENEM?

A redação do ENEM é uma etapa do exame que tem como objetivo avaliar as habilidades de escrita, pensamento crítico, interpretação de texto e leitura dos participantes. Para isso, é solicitado uma produção dissertativa-argumentativa sobre um tema relevante na sociedade. 

Geralmente, a prova de redação acontece no primeiro dia do ENEM, e os alunos ficam sabendo do tema somente na hora da realização. Junto dele, há um texto base, com informações relevantes que vão auxiliar o participante na hora de discorrer sobre o tema. 

Para a produção dessa etapa da prova é preciso seguir algumas regras básicas, como iniciar com introdução, seguir com desenvolvimento e finalizar com uma conclusão, tudo isso usando o espaço dedicado de, no máximo, 30 linhas. 

5 dicas para fazer uma boa redação no ENEM

Agora que você já compreendeu a importância da prova de redação do ENEM, separamos as melhores dicas para você se sair muito bem no teste e concorrer à bolsas na tão sonhada graduação. 

1. Estude e compreenda o formato da redação do Enem

Como já mencionado, a redação do ENEM é uma dissertação-argumentativa, ou seja, o aluno precisa emitir a sua opinião sobre o tema proposto, usando de argumentos convincentes para isso. 

Pense como se fosse uma conversa onde você está com outras pessoas e precisa dar o seu ponto de vista, não apenas com achismos, mas com justificativas relevantes. 

2. Estude temas atuais e amplie seu repertório cultural

É muito importante o participante ficar bem informado sobre os assuntos que foram destaque nos últimos meses no Brasil e no mundo, pois já é prática que o tema da redação do ENEM seja pensado a partir de tópicos da atualidade.

Para isso, acompanhe jornais, opiniões de pessoas relevantes e use as redes sociais de forma educativa para desenvolver seus próprios argumentos. 

Algumas ideias do que pode virar tema da redação do ENEM 2024, são: 

  • Guerra da Ucrânia;
  • Desastre climático no Rio Grande do Sul;
  • Aumento dos procedimentos estéticos no Brasil;
  • Crescimento do uso da Inteligência Artificial no último ano;
  • entre outros. 

3. Pratique a produção textual regularmente

Aos alunos que pretendem ingressar na faculdade é essencial que saibam desenvolver uma produção textual de qualidade já que não é só no ENEM que vão utilizar, mas podem também prestar vestibular ou mesmo durante o curso discorrer em trabalhos das disciplinas cursadas. 

Portanto, comece agora já a praticar redação, seja com exemplos anteriores ou mesmo com outros disponíveis na internet, pois só assim você vai conseguir ir aprimorando sua escrita e desenvolvendo seu raciocínio. 

4. Fique atento às palavras-chave do tema

Para tirar uma boa nota na redação do ENEM é essencial que o participante leia atentamente a proposta e identifique as palavras-chave importantes que devem conter no texto. 

Por isso, leia com calma, observe o contexto, use os textos guia e circule as palavras-chave para não esquecer de usá-las na hora da escrita. Mas, tome muito cuidado para não plagiar a ideia, use apenas como guia e construa seus próprios argumentos em cima disso. 

5. Simule o contexto de prova

Você pode usar exemplos das edições anteriores do ENEM a fim de saber quais foram as temáticas, mas também o que os alunos usaram de reflexões para desenvolver a redação.

Além disso, você pode treinar com as redações anteriores, desenvolvendo pensamento crítico para o dia oficial do exame. Não se esqueça de revisar, refazer e pedir feedback desses testes. 

Entender como funciona a redação do ENEM é o caminho ideal para ter um bom desempenho. E como você viu, apesar da pressão que essa etapa causa em todo estudante, com planejamento, estudos reforçados e leitura como hábito é possível se sair muito bem. 

Se você está se preparando para esse importante exame e quer saber o que estudar nas outras provas do ENEM, confira nosso conteúdo sobre as matérias que caem no exame e aumente suas chances de obter um bom desempenho!

Como usar a nota do ENEM? Descubra as possibilidades para ingressar no ensino superior!

Com a nota do ENEM, é possível ingressar no ensino superior por meio de programas sociais e realizar o sonho de conquistar seu diploma. Veja como utilizar a pontuação!

Obter uma boa pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) é o melhor caminho para quem deseja ingressar na faculdade por meio de programas sociais, como FIES, SISU e PROUNI.

Para conseguir fazer parte desses programas, é preciso estar dentro da faixa de corte de cada um deles, possibilitando que você conquiste a sua vaga em instituições privadas e federais.

A seguir, vamos apresentar como utilizar a nota do ENEM e os principais programas contemplados pelo Exame, para que você possa dar início a esta nova etapa da sua vida acadêmica. Boa leitura!

O que é o ENEM?

ENEM é a sigla para Exame Nacional do Ensino Médio, que foi criado em 1998 pelo Ministério da Educação. O teste tem como objetivo avaliar a qualidade do ensino médio no país e abrir as portas do ensino superior em insituições privadas e federais. 

A prova é anual e ocorre em duas etapas, com intervalo de uma semana entre elas. O exame conta com disciplinas divididas por áreas, com 90 questões em cada dia e uma redação. 

No primeiro teste, as questões são de Ciências Humanas e suas Tecnologias e Linguagens. Neste dia, também é aplicada a redação, cujo tema é revelado somente no momento da aplicação, mas que geralmente traz um assunto em alta na atualidade.

No segundo dia, a prova é de Ciências da Natureza e suas Tecnologias com questões mais voltadas para as matérias de exatas.

Como usar a nota do ENEM?

O ENEM é a principal porta de entrada para o ensino superior e por meio da nota de corte é possível fazer parte de programas sociais, como FIES, SISU e PROUNI, facilitando o ingresso de quem não tem condições de arcar com os custos de uma faculdade.

Confira as principais possibilidades para usar a nota do ENEM!

Conseguir bolsa de estudos do PROUNI

O Programa Universidade para Todos (PROUNI) tem como objetivo fornecer bolsas integrais ou parciais aos alunos que têm interesse em ingressar no ensino superior privado, mas que não têm condições financeiras de pagar pelas mensalidades. 

As inscrições ocorrem duas vezes ao ano, são gratuitas e feitas diretamente no site do PROUNI. Além disso, é preciso cumprir alguns requisitos, como:

  • para bolsas integrais (100%), comprovar renda mensal bruta familiar de até um salário mínimo e meio; 
  • para bolsas parciais (50%), comprovar renda mensal bruta familiar de até três salários mínimos;
  • ter tirado pelo menos 450 pontos no ENEM e não ter zerado a redação. Porém, importante ressaltar que é preciso consultar a nota de corte de cada curso por faculdade, pois pode variar de acordo com os inscritos. 

As demais exigências podem ser consultadas diretamente no site do PROUNI.

Entrar em instituições públicas pelo SISU

A nota do ENEM também contribui para que o aluno concorra a vagas em instituições públicas, com o programa Sistema de Seleção Unificada (SISU). 

Para concorrer é preciso ter realizado o ENEM do ano anterior à inscrição, não ser treineiro (aquele aluno que ainda não terminou o ensino médio e fez ENEM para testar conhecimentos) e nem ter zerado a redação. 

Apesar de não ter restrição de notas, é importante ressaltar que alunos com maiores pontuações no ENEM têm mais chances de serem contemplados. Vale também a consulta das médias de inscritos junto à instituição de ensino superior em que pretende estudar. 

Financiar os estudos em instituições pagas

O Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) é um programa do Ministério da Educação criado em 1999, que tem como objetivo ajudar o aluno a subsidiar os custos na faculdade.

O juros do FIES é bem mais baixo do que empréstimos comuns e ele tem a vantagem do aluno começar a pagar somente após a formação. Desde 2015, para participar do programa é preciso ter feito o ENEM, em especial a quem terminou o ensino médio depois de 2010.

Para ser contemplado é preciso ter os requisitos mínimos de nota de corte de 450 no ENEM, não ter zerado a redação e renda familiar bruta de até três salários. 

Substituir a prova do vestibular

Outra utilidade para a nota do ENEM, mas dessa vez sem vínculo financeiro, é substituir a prova do vestibular. 

Algumas faculdades privadas oferecem matrículas baseadas na média do ENEM, visto que a prova tem questões de conhecimentos em nível de vestibular. Basta consultar a instituição que deseja estudar e verificar a possibilidade. 

Estudar em uma instituição internacional

Você sabia que tem como usar a nota do ENEM para estudar no exterior? Algumas instituições aceitam a nossa prova como ingresso no ensino superior em outro país. Confira algumas delas: 

  • Universidade de Algarve – Portugal;
  • Universidade de Coimbra -Portugal
  • Universitè Paris – França;
  • Oxford – Reino Unido;
  • Universidade de Nova York – EUA;
  • Universidade de Toronto – Canadá;
  • Universidade College Dublin – Irlanda;

Para saber quais são os benefícios desse ingresso e requisitos é preciso consultar o site de cada instituição. 

Utilizar a nota do ENEM é uma ótima estratégia para ingressar em uma faculdade. Com as diversas possibilidades destacadas, basta pesquisar pelas pontuações exigidas nos cursos de sua preferência e começar a se dedicar para atingi-la e concorrer a uma vaga.

E para ajudar com isso, a UNINASSAU tem um espaço especial dedicado a quem quer se preparar para tirar a melhor nota possível no exame, com dicas, macetes e apostilas das principais matérias. Entre lá e confira!

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Outras dúvidas sobre a nota do ENEM que podem ajudar

Aprenda 12 técnicas de memorização infalíveis e potencialize seus estudos para o ENEM!

Os estudantes absorvem uma grande quantidade de informações diariamente, por isso é importante conhecer algumas técnicas de memorização para fixar os conteúdos e potencializar o aprendizado.  

Reter informação pode parecer um grande desafio para muitos alunos que estudam todos os dias, principalmente quando se trata da prova do ENEM, um exame que exige um conhecimento vasto dos participantes.

Este artigo fornecerá algumas técnicas poderosas de memorização que ajudarão você a lembrar todos os assuntos estudados e absorver melhor os conhecimentos adquiridos, além de dicas essenciais para você aplicar esses métodos diariamente. Boa leitura!

O que é memória e como ela funciona?

Nossa memória é a capacidade de codificar, armazenar e recuperar informações de nosso cérebro. Mas o que isso realmente significa? Vamos passar por este processo passo a passo. Confira!

Codificação

Esta é a absorção de informações do ambiente. Quase todas as informações sensoriais que vemos, ouvimos e sentimos são enviadas ao nosso cérebro para serem codificadas da maneira mais rápida possível.  

Portanto, essa é a primeira etapa de processamento de informações, sendo responsável por captar inicialmente os dados que serão armazenados. 

Armazenamento        

Anteriormente, as pessoas supunham que o hipocampo era a parte do cérebro que lida com a memória, mas pesquisas posteriores provaram o contrário.  

Esta informação codificada é armazenada em diferentes partes do nosso cérebro. A ciência ainda tem que descobrir sobre uma parte específica. 

Temos dois tipos de memória: curto e longo prazo. A memória de curto prazo é a memória de trabalho que armazena informações por um curto período.  

Se essa informação for essencial, ela será transferida para a memória de longo prazo. Caso contrário, ela é apagada ou perdida. 

Por exemplo, você faz uma lista de artigos de papelaria que vai comprar. Depois que as compras terminarem, você provavelmente esquecerá a lista porque ela não é mais importante.  

Mas é menos provável que você esqueça o caminho para o mercado porque é importante para você. Portanto, essa informação é transferida para a memória de longo prazo. 

Lembrança

As informações armazenadas em nossos cérebros ficam mais fortes a cada recordação. Revisitar o mesmo neurônio cria uma rede neural mais robusta e sela a informação em seu cérebro. 

Esse processo de lembrança está intimamente ligado à recordação, por isso que é uma execução muito importante para desenvolver uma memorização mais eficaz.

Quais são os tipos de memória?

Como já mencionado, a memória humana não existe a partir de um único tipo de memória. Ela existe a partir de diferentes sistemas de memória. Quando armazenamos uma memória, estamos recebendo, codificando e armazenando informações. 

Como essas informações serão armazenadas e por quanto tempo depende de que tipo de informação está sendo processada. Dependendo da informação, um tipo diferente de memória será acionada.

Existem 3 tipos de memória, que têm seu próprio modo de funcionamento, mas ainda assim cooperam no processo de memorização. Elas podem ser vistas como as três etapas necessárias para criar uma memória de longo prazo. 

A seguir, veja como funciona cada uma delas!

1. Memória sensorial

A memória sensorial é considerada o primeiro estágio da memória e envolve o registro de grandes quantidades de informações sobre o ambiente, por um período de tempo muito curto. 

Esse tipo de memória permite que você retenha as informações que recebe por meio de seus sentidos após o término dos estímulos iniciais. O processo de receber informação por meio dos sentidos também é chamado de sensação.

Essas sensações atuam como um amortecedor para os estímulos recebidos pela audição, visão, tato, olfato e paladar, que serão retidos com precisão, mas apenas por alguns segundos. 

Enquanto os sentidos são responsáveis ​​por receber todos esses estímulos, essas sensações são processadas ​​pela sua percepção dentro do seu cérebro. 

A ativação dos sentidos recebendo todos esses estímulos que ocorrem antes que as percepções possam ser criadas é chamado de processo sensorial. 

2. Memória de curto prazo

Sua memória de curto prazo é responsável por armazenar uma pequena quantidade de informações por um curto período de tempo. Esta informação é processada através da memória sensorial em sua memória de curto prazo. 

A memória de curto prazo mantém essa pequena quantidade de informações em um estado ativo e rapidamente acessível. As memórias armazenadas na memória de curto prazo durarão cerca de 10 a 15 segundos.

Digamos que você esteja se lembrando de um número de telefone enquanto disca antes de ligar. Você lê alguns dígitos, tenta se lembrar deles e insere no seu celular. 

Neste momento, você se lembra dos números e provavelmente relembra dos dígitos rapidamente, enquanto os esquecerá a longo prazo. Nesta situação, você está usando sua memória de curto prazo.

3. Memória de longo prazo

A memória de longo prazo é o sistema de memória que armazena informações por um longo período de tempo. Essa duração pode variar de alguns minutos a uma vida inteira. 

A informação chega à memória de longo prazo, registrando o assunto através da memória sensorial para a memória de curto prazo, para ser eventualmente armazenada na memória de longo prazo. 

Mas nem todas as informações serão armazenadas em sua memória de longo prazo. Através do processo de ensaio, memórias de curto prazo podem se tornar uma memória de longo prazo. 

Isso significa que, se você repetir as informações por tempo suficiente, acabará armazenando elas em sua memória de longo prazo. 

Quanto tempo isso vai levar depende do que você está tentando aprender e da importância disso, é mais fácil para você lembrar o aniversário de alguém importante do que a cor do cabelo de uma pessoa que passou rapidamente por você.

Por que esquecemos?

Apesar de nossa memória de longo prazo ter uma capacidade ilimitada, ocorre que você pode deixar de recordar informações. Portanto, esquecer geralmente não significa realmente perder ou apagar essas informações de sua mente.

Um dos fatores que desempenham um grande papel no esquecimento é o tempo, pois as memórias que não foram acessadas podem desaparecer. 

Uma memória pode ser armazenada e recuperada quando você está aprendendo algo novo ou quando está conectando novas informações com memórias existentes que já estão armazenadas em seu cérebro. 

Se essas informações não forem recuperadas e ensaiadas ao longo do tempo, esses traços de memória começarão a desaparecer. Isso também é chamado de teoria da decadência. 

Isso pode ser visto como um momento importante para você há muito tempo. A princípio, você se lembra de tudo sobre aquela ocasião, mas depois de não pensar nisso por anos, os detalhes daquele dia começam a desaparecer.

Além disso, as memórias também podem ser esquecidas por causa da interferência. 

Algumas memórias que você armazenou em seu cérebro podem interferir em outras memórias. Isso pode ocorrer quando as informações são muito semelhantes a outros registros. 

Isso também é chamado de teoria da interferência. Talvez você tenha uma lembrança de uma de suas festas, que pode ser na verdade uma lembrança de outra festa. 

Você pode confundir a memória dessas duas situações semelhantes, fazendo com que seu cérebro esqueça a original.

Por fim, pode ocorrer que a perda de uma memória não seja causada pelo esquecimento. Às vezes, isso acontece porque ela nunca chegou à memória de longo prazo. 

A explicação para isso é o resultado da codificação que geralmente falha, impedindo que as informações sejam convertidas da memória de curto para a de longo prazo.

Diferença entre memorizar e decorar

Embora muitas pessoas pensem neles como a mesma coisa, há uma diferença distinta entre os termos memorizar e decorar. 

Ao memorizar algo, o aluno armazena informações durante seu aprendizado, ou seja, ele conhece e compreende o que está registrado em sua memória.

É totalmente diferente do processo de decorar, onde o estudante apenas registra em sua mente o que precisa sem ao menos entender ou saber o que está sendo memorizado.

A dúvida da maioria dos jovens é como aprender e memorizar, ao invés de somente decorar. O processo é simples, mas requer comprometimento e foco por meio de alguns métodos para memorizar.

Conheça 12 técnicas de memorização

Agora que você sabe de forma simples como sua memória funciona, a seguir, vamos mergulhar profundamente nas 12 técnicas de memorização para ajudá-lo a estudar para o ENEM. Confira! 

 1. Repetição espaçada

Repetição espaçada significa recordar qualquer informação em um intervalo de tempo específico.

Hermann Ebbinghaus criou o termo “A curva do esquecimento”, que descreve como os humanos esquecem informações ao longo do tempo.  

As repetições podem achatar a curva do esquecimento em diferentes intervalos. A ideia de repetição espaçada envolve esquecer a informação seguida de recuperá-la do cérebro. 

Os alunos misturam muito facilmente a memorização mecânica com a repetição espaçada. 

Enquanto a memorização mecânica está aprendendo passivamente a mesma coisa, a repetição espaçada é um processo ativo de recuperação de informações. 

Depois de estudar um tópico, realize os seguintes procedimentos: 

  • revise o assunto no 3º dia; 
  • relembre a informação no 7º dia; 
  • lembre-se da informação novamente após duas semanas; 
  • tente se lembrar das informações depois de um mês. 

É provável que você se lembre das informações após esse ciclo de repetição espaçada. Se você tiver problemas para manter a programação manualmente, poderá usar um aplicativo de flashcard para ajudá-lo. 

2. Ensine o tópico      

Esta técnica deriva da Técnica de Feynmann, e apesar desse método ter sido idealmente usado para aprendizado, também é adequado para reter informações.  

Ensinar é útil porque ajuda a recuperar a informação cada vez que você a explica a outra pessoa.  

Como mencionamos anteriormente, cada lembrança fortalece a conexão, tornando sua memória com essa informação cada vez mais forte.  

Ensinar alguém é possivelmente a técnica mais simples para lembrar qualquer informação.  

Suponha que um professor esteja ensinando matemática para um grupo de pessoas. No primeiro dia, ensina a uma classe o que é a multiplicação; 

A primeira vez, possivelmente, ele teve que fazer as contas. Pense depois de 3-4 vezes dando a mesma aula, você acha que ele precisa fazer as contas novamente? A informação está presa no cérebro para sempre. 

Aqui está um exemplo de como usar essa técnica de memorização: 

  • aprenda um tópico; 
  • encontre um amigo que ainda não conhece o assunto; 
  • explique isso a ele; 
  • explique a qualquer pessoa que tenha interesse em tópicos semelhantes. 

3. Narrativa

Nosso cérebro adora histórias. Você provavelmente ainda se lembra de “Chapeuzinho Vermelho”, justamente por ser difundida desde quando você era criança. Em outras palavras, as histórias nos ajudam a visualizar e imaginar certas situações.

Quando você lê uma história, você não imagina as palavras, mas a história sendo encenada como um filme. Portanto, é mais fácil para o cérebro processar e armazenar.  

Confira as seguintes palavras e observe o exemplo a seguir: 

  • pão; 
  • incêndio; 
  • lápis; 
  • caderno; 
  • cão; 
  • mãe; 
  • trabalho de casa;
  • nervoso; 
  • escola; 
  • dança. 

Depois de ler essas dez palavras, quantas você acha que consegue se lembrar depois de 1 minuto? Provavelmente 6-7 na melhor das hipóteses. 

Mas e se você transformar as palavras em uma história? A história pode não fazer sentido, mas temos certeza de que ajudará você a se lembrar melhor. 

Sempre que você tiver alguma informação para lembrar, transforme-a em uma história. Tente tornar a narrativa interessante. Você se lembrará melhor se ela for única, irreal e simples. 

4 . Fragmentação

Qual é a melhor técnica de memorização para lembrar números? É chamada de fragmentação, mas você pode chamá-la de lote, pois também é útil para tabelas, listas, nomes. 

Quando você estiver tentando memorizar uma grande quantidade de informações, divida os conteúdos em grupos diferentes.  

Tipos semelhantes de materiais devem ser agrupados. Isso ajuda a lembrar porque quando você agrupa informações diferentes, você se esforça menos.  

Lembre-se de que as divisões podem não dar 100% de eficiência, mas essa técnica, sem dúvida, melhorará sua retenção.  

Normalmente, o agrupamento deve ser associado a outras técnicas de memorização, que fortaleçam as práticas de reter as informações.

5. Imagine a aplicação da informação

Os alunos ficam frustrados e se perguntam por que precisam estudar. Mas a pergunta que eles deveriam fazer é: “Por que eu deveria conhecer esse determinado assunto?”  

Se um aluno faz essa pergunta, seu cérebro começa a se envolver ativamente com a informação. 

Essa pergunta ajuda a encontrar situações em que você pode aplicar esse conhecimento na vida real. Se você não pode agir, pelo menos pode visualizar a aplicação do aprendizado que acabou de adquirir. 

Por exemplo: Se você está estudando medicina, precisa aprender muitos nomes de medicamentos. 

A maneira de lembrar esta informação é imaginar como você irá prescrever este medicamento ao paciente. Você pode visualizar uma interação médico-paciente completa em sua mente.  

Esse envolvimento ativo com as informações ajudará você a retê-las mais rapidamente e por mais tempo. 

Sempre que tiver que memorizar alguma coisa, pense na aplicação. Imagine, visualize e, se possível, represente. Sinta a circunstância tanto quanto possível. Pense em como essas informações podem ajudar você e outras pessoas. 

6. Mnemônicos e Acrônicos

Essa técnica de memorização é provavelmente a mais comum de todas. Todos nós já tentamos mnemônicos e siglas em nossas vidas. Mas por que as siglas são essenciais para reter informação?  

Isso porque muitos alunos fazem mnemônicos sobre tudo o que leem. Então, antes das provas, eles se lembram dos mnemônicos, mas não se lembram porque fizeram isso.  

É engraçado, mas isso não significa que você não deve fazer mnemônicos. Você pode usar mnemônicos e acrônimos para qualquer coisa, mas faça apenas um mnemônico por sessão.  

Os mnemônicos devem ser feitos apenas com base em informações essenciais. Certifique-se de escrever o mnemônico em algum lugar do seu caderno para que você não precise fazer outro, mesmo se esquecer. 

7. Palácio de memória

O palácio da memória, também conhecido como Método de Loci, é uma técnica de memorização muito popular.  

Mas a razão pela qual não é valorizada é que a maioria dos alunos não utilizam esta técnica corretamente. Eles falham porque a criação do palácio da memória requer muita criatividade e imaginação, além de muita paciência.  

Para criar um palácio da memória, você precisa pensar em um espaço, sala ou local familiar. Então, em sua mente, você precisa colocar as informações em uma parte diferente da sala. 

Você pode usar sua própria casa, um café próximo, uma biblioteca ou qualquer coisa com a qual esteja muito familiarizado. Vamos apresentar um exemplo. 

Suponha que você escolha seu quarto como seu palácio e esteja tentando memorizar estas palavras:  

  • feliz;  
  • gato; 
  • irmã;
  • escola; 
  • panela. 

Agora imagine que você entrou na sala e viu um gato feliz em cima do seu armário. Sua irmã está dormindo na sua cama. O professor da escola está usando sua mesa de estudo. 

Quando você abre o armário, não há roupas, mas apenas uma panela. 

Os alunos podem criar um palácio de memória separado para diferentes capítulos e temas específicos. Certifique-se de não usar o local duas vezes para conteúdos distintos.  

Você pode memorizar uma grande quantidade de informações usando cada elemento da área.  

Não importa o quão estranho seja, o palácio da memória ou o método de loci é considerado a melhor das técnicas de memorização.

8. Afinação e rima

Alguma vez você já se perguntou como você parece se lembrar de todas as canções de ninar? Nosso cérebro tem uma afinidade por músicas e rimas. Gosta de se lembrar de coisas que vêm com um certo padrão. 

No entanto, você não precisa criar uma música ou ritmo completo. Você só precisa criar duas linhas em um padrão semelhante.  

Caso contrário, você também pode tentar usar músicas diferentes para lembrar diferentes tipos de informações.  

Os alunos devem tentar associar informações importantes com músicas favoritas que foram ouvidas recentemente. 

Isso é muito mais fácil do que fazer suas próprias rimas. Mas, se possível, torne os padrões de frases mais fáceis para o cérebro codificar e armazenar. Tente lembrar a rima de vez em quando para selar os dados para sempre. 

9. Mapa mental

Nossa memória visual é a mais forte entre os outros tipos de memórias. É por isso que tendemos a lembrar mais informações por meio de imagens e recursos visuais.  

Essa é uma técnica comum para conectar informações e encontrar uma conexão lógica entre elas.  

Mas também pode ser benéfico para a memorização. Um mapa mental é fácil de lembrar porque é semelhante à nossa rede neural, pois representa como nossos cérebros armazenam as coisas.  

Portanto, é muito mais fácil para o cérebro codificar as informações ao estudar por meio de um mapa mental. Entenda, a seguir, como como fazer um mapa mental de forma prática: 

  • pegue uma página e escreva um título no centro; 
  • desenhe os principais ramos do tópico e mencione o.
  • você deve usar cores diferentes para ramos diferentes; 
  • esses ramos devem ter sub-ramos que levem o mapa a se espalhar.
  • recomenda-se o uso de diagramas e imagens no final dos sub-ramos para torná-lo mais eficaz. 

Sempre que algum tópico exigir memorização e compreensão, crie um mapa mental para ele.  

A criação de um mapa mental ajuda os alunos a visualizar as informações em diferentes áreas, auxiliando simultaneamente na compreensão. 

10. Alfabeto visual

Quando se trata de memorizar uma lista, não há técnica melhor do que o alfabeto visual. Este método usa imagens para representar cada letra do alfabeto. 

Ao criar uma imagem mental associada a cada letra, fica muito mais fácil lembrar os itens de uma lista de compras. 

Por exemplo, a letra M pode ser representada pela imagem de uma maçã, B pode ser uma banana e assim por diante. 

11. Utilize a escrita

A escrita é a maneira mais antiga e segura de memorizar algo, pois associa o que você aprendeu à memória muscular.

Ao fortalecer o seu cérebro, a escrita também fornece um escopo para aprender visualmente, pois você pode desenvolver a aprendizagem por meio das próprias anotações.

Além de memorizar, também permite que você entenda o que está escrevendo, pois aumenta consequentemente suas chances de reter informações por muito tempo.

12. Entenda o que você está tentando memorizar

Memorizar um assunto e não apenas decorá-lo exige que você entenda o conteúdo, o que o ajudará a reter as informações por um longo período de tempo.

Se você entender um assunto, saberá facilmente seu significado, o que lhe permitirá memorizar aquilo que você deseja aprender.

Compreender o conteúdo estudado também economizará tempo no futuro, quando você estiver passando pelo tema novamente, pois reterá as informações por mais tempo.

Todas essas técnicas listadas e detalhadas não são feitiços mágicos, e tratam de habilidades que se desenvolverão ao longo do tempo.  

Depois de começar a usá-las, você terá a vantagem de memorizar qualquer coisa. Ao continuar, você sentirá lentamente como sua memória melhorou por causa da prática.  

Nossa memória é como um músculo que precisa ser treinado. Você pode treiná-lo usando esses métodos para estudar, pois uma combinação das técnicas é o que vai lhe dar o máximo de resultados. 

Gostou desse artigo? Agora que você já sabe diferentes técnicas de memorização e como funciona nossa memória, aproveite para conhecer nossas dicas sobre rotina de estudos e continue aprendendo muito mais!